- PT SCMB PT/SCMB-D-003-0001-00006
- Documento simples
- 1742-01-08
Arrendamento feito entre a Santa Casa e Mateus Francisco e sua mulher, Serafina de Faria, de diversas leiras, situadas na freguesia de Alheira.
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Arrendamento feito entre a Santa Casa e Mateus Francisco e sua mulher, Serafina de Faria, de diversas leiras, situadas na freguesia de Alheira.
Emprazamento entre a Santa Casa e Pedro de Miranda e sua mulher de campos da freguesia de Vitorino de Piães.
[Arrendamento da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos a Manuel Rodrigues Galante do Campo do Poço]
Arrendamento da Santa Casa a Manuel Rodrigues Galante do Campo do Poço, situado em Barcelos, por seis anos.
Emprazamento em três vidas feito entre a Santa Casa e João da Cunha, morador em Creixomil, de uma leira de terra em Friguefe.
[Antónia Teresa da Cunha Vilas Boas]
Senhora Dona, viúva de Constantino da Cunha Velho, o seu retrato a óleo apresenta-nos a benfeitora Antónia Teresa da Cunha Vilas Boas da seguinte forma:
Uma senhora de meia idade, sobre um fundo negro, sentada em posição frontal, de olhar dirigido e expressão serena. Tem o cabelo preso à altura da nuca por uma fita laçada, usa vestido negro, coberto por uma capa e um lenço a envolver a gola. Com a mão direita segura um leque. Notoriamente a imagem, diríamos, aristocrática de alguém com certa posição social, residente na então vila de Barcelos. Não sabemos a data do seu nascimento, mas sim da sua morte, 6 de abril de 1788.
Se as mulheres não tivessem, como tinham, atributos de proprietárias e de testadoras iguais aos dos homens, como seria garantido o financiamento regular das Misericórdias sem as rendas das terras, fruto do trabalho conjunto de homens e mulheres? Elas tornaram-se personagens principais destas instituições caritativas, vistas por alguns historiadores como “palco onde se desenrola uma representação social ritualizada, envolvendo as classes sociais locais”.
Mas qual foi o papel de Antónia Teresa? Foi o legado que deixou em testamento à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos e cuja certidão se encontra no Livro I das doações, testamentos e legados da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, que passamos a transcrever e que pode ser consultado no Arquivo Leonor.
Deixa em testamento nada mais nada menos que cento e trinta mil réis! Uma fortuna para a época e, expressamente, para curativo de pobres que acorriam ao Hospital da Misericórdia, porquê? Em tempos em que a proteção social era praticamente inexistente a nível de governo central, a clientela hospitalar era na sua quase totalidade constituída por pobres ou pauperizáveis, o mesmo sucedendo no espaço europeu, como afirma Maria Antónia Lopes.
Tais conjunturas adversas eram frequentes e a miséria e o desamparo eram o destino de tantos populares na velhice, o que não quer dizer que, esporadicamente, não entrassem nos hospitais doentes a quem se reconhecia capacidade para pagar as suas despesas, em geral pessoas em jornada. No entanto, os custos eram elevados e cabia à gestão de cada Misericórdia zelar para que nada faltasse a todas as almas que, por um pouco de pão e agasalho ou por qualquer tipo de ferimento, batiam às portas dos hospitais.
Em muitos casos, tal como o que vos apresentamos, foram mulheres, ainda em plena vida ou no desvanecer dela, que contribuíram para que a caridade prevalecesse pelo tempo, especialmente depois das suas mortes.
[Emprazamento feito entre a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos e Tomé Dias de uma bouça]
Emprazamento feito entre a Santa Casa e Tomé Dias de uma bouça em Santa Maria de Abade.
Emprazamento em três vidas feito pela Santa Casa a Manuel Gonçalves e sua mulher, Antónia Martins, do lugar de Freixieiro, da bouça da cachada da devesa, situada em Perelhal.
Emprazamento em três vidas feito pela Santa Casa e João de Vilas Boas e sua mulher, Maria da Costa, de uma casa terra no quintal que foi de Marcos Lopes, situada no arrabalde de Barcelos.
Emprazamento em três vidas feito pela Santa Casa a Marçal Francisco e sua mulher Maria Fernandes de umas leiras em Creixomil.