- PT SCMB PT/SCMB-D-003-0001-00036
- Documento simples
- 1699-04-27
Emprazamento de três vidas feito pela Santa Casa e João Marques e sua mulher, Ana Rodrigues, do casal da levada, situado em S. Tiago do Couto.
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Emprazamento de três vidas feito pela Santa Casa e João Marques e sua mulher, Ana Rodrigues, do casal da levada, situado em S. Tiago do Couto.
Emprazamento de três vidas feito entre a Santa Casa e Gonçalo Ribeiro e sua mulher do casal do Paço em Airó.
Emprazamento em três vidas feito a Antónia Fernandes, viúva da freguesia de Creixomil, de uma leira de terra na agra de suas covas e da leira de mato em Sequeiros
[Eleição do novo irmão da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos Maurício da Costa]
Eleição do novo irmão da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos Maurício da Costa, em lugar de António Leitão que faleceu.
Eleição do escrivão da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos
Eleição do novo escrivão da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, Francisco Ferraz, por falta de Baltasar de Benevides.
Parte de Coleção de Benfeitores em Destaque
Domingos José de Sousa nasceu na freguesia de Areias S. Vicente, em Barcelos, e faleceu a 22 de julho de 1914. Foi um sacerdote de elevado prestígio da arquidiocese bracarense, que mandou edificar a antiga igreja paroquial da sua freguesia, em 1898.
Em 1901, foi agraciado com o título de conselheiro, no ano seguinte, em 1902, o Papa elevou-o ao cargo de Monsenhor[1] Protonotário Apostólico, tendo mesmo sido escolhido para Bispo de Évora, cargo que não ocupou devido à sua frágil saúde.
No ano de 1903, dotou a sua freguesia – Areias S. Vicente – com um ramal de estrada que liga a estrada nacional Barcelos-Prado-Braga e mandou construir nove casas para os mais desfavorecidos da sua terra. Em 1909, ocupa o cargo de Presidente da Câmara de Barcelos.
Além de importantes donativos para a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos – com destaque para o então Asylo de Inválidos (hoje, Lar da Misericórdia) –, beneficiou também o recolhimento do Menino de Deus, os Bombeiros Voluntários de Barcelos, o Círculo Católico de Operários e a Associação Humanitária de Socorros Mútuos da mesma localidade.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa envia uma diligência à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, acerca da morte de um mancebo, de nome António, para que se dê conhecimento a seus parentes.
A Santa Casa da Misericórdia de Lisboa envia diligência à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos sobre a libertação de Domingos Fernandes, natural de Castelo de Paiva.
Parte de Coleção de Benfeitores em Destaque
Filho do Duque João I e da Infanta D. Catarina, neta do rei Manuel I, foi o 7.° Duque de Bragança.
Ainda criança, permaneceu junto do rei D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir (4 de agosto de 1578) até a situação se tornar grave e o rei ordenar a sua retirada para a segurança da retaguarda. Teodósio não ficou satisfeito e fugiu à primeira oportunidade, apanhando um cavalo e lançando-se a galope em direção à linha de combate. Como muitos outros homens, acabou por ser ferido e feito prisioneiro pelos marroquinos.
O Duque, seu pai, ficou estarrecido com os eventos e ofereceu uma fortuna pelo resgate do seu filho, chegando a pedir a Filipe II de Espanha para intervir em seu favor. Mas não seria necessário tanto alarme, pois o rei de Marrocos tinha ficado impressionado com a bravura do pequeno Teodósio e deixou-o regressar a casa em agosto de 1579, via Espanha.
Em 1580, por morte do Cardeal-Rei Henrique de Portugal, o jovem D. Teodósio parecia ser o aspirante ao trono português com mais hipóteses de o herdar. Talvez por isso mesmo, Filipe II só permitiu o seu regresso a Portugal, depois de ver assegurada a sua posição como rei (tornando-se no rei Filipe I de Portugal). Até aí, D. Teodósio esteve retido amigavelmente em casa do duque de Medina-Sidónia. Em 1582, o Rei nomeou-o 13.º Condestável de Portugal.
D. Teodósio tornou-se Duque de Bragança em 1583, por morte de seu pai, e cresceu para se tornar num fiel servidor dos reis espanhóis de Portugal. No início, a sua mãe, D. Catarina, assumiu a chefia da Casa de Bragança, devido à tenra idade do filho.
Segundo Mafalda Soares da Cunha, se a amplitude dos poderes senhoriais garantia um alto nível de domínio sobre as comunidades sob a sua tutela, deve destacar-se ainda que os duques utilizaram as elites e as instituições locais como instrumentos coadjuvantes do controlo sobre esses mesmos espaços. Os Bragança, em vez de afrontarem os poderes locais, reforçaram-nos, utilizando-os em seu proveito. Note-se que a integração de membros de parentelas de elites locais na corte ducal em foros de moradores foi, a este título, absolutamente decisiva. Assim sendo, um bom exemplo da gestão dos seus senhorios é a carta que apresentamos em seguida e que se encontra no Arquivo Leonor (Santa Casa da Misericórdia de Barcelos), entre outros documentos que referem a Casa de Bragança.
Parte de Coleção de Benfeitores em Destaque
Apelidada de "a Educadora" e "a Boa Mãe", D. Maria II foi Rainha de Portugal e dos Algarves em duas ocasiões diferentes: primeiro, de 1826 a 1828, quando foi deposta por seu tio Miguel; depois, de 1834 até à sua morte, em 1853.
Era a filha mais velha do imperador Pedro I do Brasil e da sua primeira esposa, a Imperatriz Consorte do Brasil e Rainha Consorte de Portugal e dos Algarves, a Arquiduquesa Maria Leopoldina da Áustria.
Tornou-se Rainha de Portugal e dos Algarves como Maria II, então, com apenas sete anos de idade, deixando o Rio de Janeiro a 5 de julho de 1828. Com dispensa papal, por procuração, em 29 de outubro de 1826 casou com o seu tio, o infante D. Miguel de Bragança (1802-66). Porém, esse casamento foi dissolvido ou declarado nulo em 1 de dezembro de 1834. Nesse mesmo dia, voltou a casar, em Munique, na Alemanha, por procuração, com o príncipe Augusto de Beauharnais. Em 1836, casou com o príncipe Fernando de Saxe-Coburgo-Koháry.
No início do seu reinado enfrentou uma grave crise financeira, resultante da Guerra Civil e das invasões francesas. Enfrentou também uma série de movimentos de revolução e contrarrevolução (a Revolução de Setembro, a Revolta dos Marechais, etc.) e, em 1838, aprovou a terceira Constituição portuguesa. Em 1846, foi confrontada com a revolta da Maria da Fonte e uma nova guerra civil - a Patuleia. O seu reinado ficou marcado pela passagem do absolutismo ao constitucionalismo.
D. Maria II engravidou 12 vezes e teve 11 partos, tudo isto em 16 anos, a uma média de filho por cada 17 meses. Desde a sua primeira gravidez, aos 18 anos de idade, Maria II enfrentou graves problemas de saúde. Os médicos aconselhavam-na a parar, mas a rainha respondia: “Se morrer, morro no meu posto”. E foi no seu posto que morreu, aos 34 anos de idade.
Apesar das suas vicissitudes pessoais e do ambiente político conturbado em que viveu, D. Maria II não deixou de ter em atenção instituições como as misericórdias, fundamentais para o bem comum e o apoio aos mais desfavorecidos.
Deste modo, ficou imortalizada numa pintura a óleo sobre tela, em destaque no Salão Nobre do Núcleo Museológico da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, num retrato onde a rainha é representada a meio corpo sobre um fundo escuro, em ligeiro perfil, mas com o olhar direcionado para a frente. Tem o cabelo negro apanhado ao nível da nuca e traja vestido de gala em cetim em tons de rosa. Ostenta banda e comenda das três ordens militares portuguesas com o brasão das misericórdias aplicado no topo, ao centro.