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Tombos da Gafaria e Hospital da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos

Códice factício constituído por cinco tombos e dois escambos, no total com 221 fólios.
1º TOMBO – (1464 fls. 1v-17)
PRODUTOR: Câmara Municipal de Barcelos
Intitula-se - Tombo da gafaria da Vila de Barcellos do ano de Nosso Senhor Jesus [Cristo] de1464 anos de que e mamposteiro Gonçalo morador em esta Vila. E escrivão eu Cristóvão Afonso escrivão da câmara da dita Vila:
Contém:
1.1 Título do pão sabudo que a dita gafaria há e recebeu este ano
1.2 Título das herdades cabedais das herdades da dita gafaria que andam a cabedal que som da novidade deste ano de 1463 anos
1.3 Título das herdades cabedais das herdades da dita gafaria que andam a cabedal que som da novidade deste ano de 1464 anos
1.4 Título do vinho da lavra da casa da gafaria deste São Miguel de 1464 anos
1.5 Título da despesa de dinheiro que fez

2º TOMBO (1467 fls. 18-25)

PRODUTOR: Câmara Municipal de Barcelos
Neste tombo é referida a casa de Francisco Neto, judeu, (fólio 32) morador em Barcelos; a partir do fl. 20, contém o Caderno das rendas da gafaria do ano de 1476 em que é mamposteiro Afonso Fernandes, alfaiate.

  1. Título do pão sabudo que a dita gafaria há
  2. A partir do fl. 25v contém o Título do vinho da ordem
  3. Fl. 26v - Título da despesa que fez de dinheiro

3º TOMBO (1488 fls. 26-73v) - incompleto, faltam fólios - Livro do tombo e apegação da ordem da gafaria da vila de Barcelos
PRODUTOR: Câmara Municipal de Barcelos
Neste tombo é referido um João da Sinagoga (fólio 70)

  1. Título das casas que a dita ordem tem em a dita vila
  2. Título do pão sabudo que a dita ordem há

    4º TOMBO (1498 fl. 74v) - Tombo da gafaria de Barcelos
    PRODUTOR: Coroa (D. Manuel I)
    Elaborado por ordem do rei D. Manuel I, sendo enviado Diogo Borges, cavaleiro da Casa Real e juiz dos resíduos, capelas e hospitais, gafarias e confrarias na comarca de Entre-Douro-e-Minho que, não tendo tempo, envia em seu nome Pero Vaz, homem bom de Barcelos.
    5º Tombo 1499 (4 de fevereiro) - Tombo do hospital de Barcelos
    PRODUTOR: Coroa
    Escambo de bens (1512 152-157v) - entre Diogo Pires e a gafaria
    Escambo de bens (1521) – praticamente ilegível

[Rodrigo Augusto Cerqueira Veloso]

Rodrigo Augusto Cerqueira Veloso nasceu em Lavradas, Ponte da Barca, em 4 de fevereiro de 1839. Formou-se em Direito, na Universidade de Coimbra, em 1864. Viveu grande parte da sua vida em Barcelos, onde se fixou, tendo sido administrador do concelho e exercendo funções na vereação municipal. Em 1864, Rodrigo Veloso já colaborava no jornal “O Bracarense” e com folhetins no Aurora do Lima e no Barcelense.

Destacado jornalista, foi também filólogo, bibliógrafo notável e erudito escritor, sendo detentor da maior biblioteca particular do norte do país, localizada na Casa do Barão da Retorta, no Largo José Novais, onde vivia e onde recebia metade da correspondência destinada a toda a então Vila de Barcelos.

Como afirma Victor Pinho, “num tempo em que a leitura e o acesso ao livro eram privilégios só de alguns, assumiam papel de relevo as bibliotecas particulares, autênticos tesouros, recheadas de livros belamente encadernados e que eram guardados religiosamente como se de relíquias se tratassem. […] Em Barcelos, é o caso das bibliotecas do Dr. Rodrigo Veloso, advogado, notário e político progressista, e do P.e João Rosa, pároco da freguesia das Carvalhas-Barcelos”.

Em 1868, Rodrigo Veloso tomou a direção do semanário Aurora do Cávado, muito conhecido no Brasil, onde tinha inúmeros assinantes.

Sendo um intelectual de exceção, mesmo para a sua época, destacou-se também por ser benemérito da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, nomeadamente do seu asilo, conforme se destaca no seu retrato imortalizado pelo pintor Viana.

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