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[Domingos José de Sousa]

Domingos José de Sousa nasceu na freguesia de Areias S. Vicente, em Barcelos, e faleceu a 22 de julho de 1914. Foi um sacerdote de elevado prestígio da arquidiocese bracarense, que mandou edificar a antiga igreja paroquial da sua freguesia, em 1898.

Em 1901, foi agraciado com o título de conselheiro, no ano seguinte, em 1902, o Papa elevou-o ao cargo de Monsenhor[1] Protonotário Apostólico, tendo mesmo sido escolhido para Bispo de Évora, cargo que não ocupou devido à sua frágil saúde.

No ano de 1903, dotou a sua freguesia – Areias S. Vicente – com um ramal de estrada que liga a estrada nacional Barcelos-Prado-Braga e mandou construir nove casas para os mais desfavorecidos da sua terra. Em 1909, ocupa o cargo de Presidente da Câmara de Barcelos.

Além de importantes donativos para a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos – com destaque para o então Asylo de Inválidos (hoje, Lar da Misericórdia) –, beneficiou também o recolhimento do Menino de Deus, os Bombeiros Voluntários de Barcelos, o Círculo Católico de Operários e a Associação Humanitária de Socorros Mútuos da mesma localidade.

[D. Teodósio II]

Filho do Duque João I e da Infanta D. Catarina, neta do rei Manuel I, foi o 7.° Duque de Bragança.

Ainda criança, permaneceu junto do rei D. Sebastião na batalha de Alcácer-Quibir (4 de agosto de 1578) até a situação se tornar grave e o rei ordenar a sua retirada para a segurança da retaguarda. Teodósio não ficou satisfeito e fugiu à primeira oportunidade, apanhando um cavalo e lançando-se a galope em direção à linha de combate. Como muitos outros homens, acabou por ser ferido e feito prisioneiro pelos marroquinos.

O Duque, seu pai, ficou estarrecido com os eventos e ofereceu uma fortuna pelo resgate do seu filho, chegando a pedir a Filipe II de Espanha para intervir em seu favor. Mas não seria necessário tanto alarme, pois o rei de Marrocos tinha ficado impressionado com a bravura do pequeno Teodósio e deixou-o regressar a casa em agosto de 1579, via Espanha.

Em 1580, por morte do Cardeal-Rei Henrique de Portugal, o jovem D. Teodósio parecia ser o aspirante ao trono português com mais hipóteses de o herdar. Talvez por isso mesmo, Filipe II só permitiu o seu regresso a Portugal, depois de ver assegurada a sua posição como rei (tornando-se no rei Filipe I de Portugal). Até aí, D. Teodósio esteve retido amigavelmente em casa do duque de Medina-Sidónia. Em 1582, o Rei nomeou-o 13.º Condestável de Portugal.

D. Teodósio tornou-se Duque de Bragança em 1583, por morte de seu pai, e cresceu para se tornar num fiel servidor dos reis espanhóis de Portugal. No início, a sua mãe, D. Catarina, assumiu a chefia da Casa de Bragança, devido à tenra idade do filho.

Segundo Mafalda Soares da Cunha, se a amplitude dos poderes senhoriais garantia um alto nível de domínio sobre as comunidades sob a sua tutela, deve destacar-se ainda que os duques utilizaram as elites e as instituições locais como instrumentos coadjuvantes do controlo sobre esses mesmos espaços. Os Bragança, em vez de afrontarem os poderes locais, reforçaram-nos, utilizando-os em seu proveito. Note-se que a integração de membros de parentelas de elites locais na corte ducal em foros de moradores foi, a este título, absolutamente decisiva. Assim sendo, um bom exemplo da gestão dos seus senhorios é a carta que apresentamos em seguida e que se encontra no Arquivo Leonor (Santa Casa da Misericórdia de Barcelos), entre outros documentos que referem a Casa de Bragança.

[José Domenech]

Filho de Francisco Domenech Gomes e Josefa Domenech, Juan Domenech – ou José Domenech, como ficou conhecido – nasceu em 1868 e, segundo dados do seu passaporte – que se encontra no Arquivo Distrital de Braga –, era natural de Dénia, província de Alicante, Espanha. Casado, naturalizado português em 28 de dezembro de 1912 e residente na então vila de Barcelos, pedira passaporte para se deslocar a Espanha para tratar dos seus negócios.

José Domenech foi um empresário e empreendedor espanhol que viveu em Barcelos, em finais do século XIX e inícios do século XX, onde viria a morrer em 1928. Foi um dos principais fundadores e sócio-gerente da fábrica a vapor J. Salort e Cª, situada junto à companhia de caminho de ferro, em 1905.
Segundo Marta Alexandra da Costa Sá, desconhece-se ao certo as razões que o levaram a instalar-se em Barcelos e a montar uma fábrica de serração, mas acredita-se que tenham passado pela localização próxima de Tuy, onde se situava a empresa-mãe. A fixação na região teve ainda em consideração a inexistência de indústrias.

José Domenech também se dedicou à produção de cal. Junto à fábrica de serração, construiu dois fornos e, como destacou o jornal “Diário do Minho” de 2 de maio de 1923, ainda esteve associado à fundação da Saboaria Barcelense, Lda, situada em Arcozelo.
José Domenech foi ainda Presidente da Direção dos Bombeiros Voluntários de Barcelos 1916-1917 e benfeitor da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, que o imortalizou com um retrato a óleo, em sua homenagem.

Petição para fundar uma Caixa de Apresentações da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos

Petição para fundar uma Caixa de Apresentações da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Contém Regulamento da Caixa de Aposentação dos Empregados ; extrato da ata de aprovação da Mesa Administrativa da Santa Casa da Misericórdia; extrato da ata de aprovação do Definitório da Irmandade da Santa Casa de Barcelos.

Constituição, organização e regulamentação

Integra os documentos pelos quais se regia a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Os sucessivos Compromisso, Regulamentos e Estatutos da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos e dos seus estabelecimentos, definem a constituição da Irmandade, os seus objetivos e regulam a vida interna da instituição desde cargos, funções e formas de atuação.

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