- PT SCMB PT/SCMB-G-001-0001-00030
- Documento simples
- 1602-12-28
Carta da Santa Casa da Misericórdia de Cochim à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos sobre herança de Belchior de Magalhães.
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Carta da Santa Casa da Misericórdia de Cochim à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos sobre herança de Belchior de Magalhães.
Carta da Santa Casa da Misericórdia de Malaca à Santa Casa da Misericórdia de Barcelos sobre António Lopes Pimenta.
[Comendadora Maria Eva Corrêa]
Maria Eva Martins Lage de Matos Nunes Corrêa nasceu a 4 de setembro de 1918, na freguesia de Silveiros, em Barcelos. Viveu naquela terra até aos cinco anos e, em agosto de 1923, partiu com sua mãe, para Lisboa, onde prosseguiu os seus estudos.
No ano de 1939 conhece Manuel Nunes Corrêa, na praia da Conceição, em Cascais. Este era filho de um empresário de Pedrógão Grande – gestor da cadeia de supermercados “Vale do Rio”. Soube aumentar o seu património de forma substancial, assumindo vários cargos ao longo da vida e investindo o seu dinheiro em negócios importantes. A sua imensa fortuna era constituída por um vastíssimo património, que, por opção, desde cedo, decidiu partilhar com os mais necessitados.
Da memória das suas viagens pelo mundo e do seu cuidado em registar as particularidades de cada país, ficaram algumas peças que hoje constam na “Sala da Comendadora”, no Lar Rainha D. Leonor. Este espaço reproduz, segundo a vontade expressa da Comendadora Eva Corrêa, a sala do seu apartamento de Lisboa e foi decorado ainda pela própria, pouco tempo antes do seu desaparecimento. Nesta sala, podemos vivenciar a atmosfera da época e experiências dos Comendadores, nomeadamente a sua atividade filantrópica através das inúmeras homenagens que receberam, pela sua generosidade com as mais diversas instituições, memórias fotográficas das suas viagens, num encontro entre o público e o privado.
O seu reconhecimento público deu-se a 12 de julho de 1984, dia em que lhes foram impostas as insígnias da Comenda da Ordem de Benemerência, pela então Secretária de Estado da Segurança Social, Leonor Beleza, no Salão Nobre de Pedrógão Grande. As homenagens aos Comendadores foram muitas, como podemos apreciar no móvel disposto à entrada da sala, do lado direito.
A história conjunta de Eva e Manuel durou 56 anos. Já depois da perda do marido, a barcelense continuou o seu legado e prosseguiu a obra de benevolência. Escolheu, inclusivamente, a Santa Casa da Misericórdia de Barcelos para levar a cabo o Centro Social, em Silveiros, ao qual dá nome. Deste modo, doou o seu apartamento em Lisboa, de grande valor patrimonial, que permitiu financiar grande parte do centro dedicado a crianças e pessoas idosas. Acompanhou de perto as obras, contudo, após uma queda, a saúde de Maria Eva Nunes Corrêa foi-se deteriorando e sucumbiu aos 85 anos, a 13 de outubro de 2003, não chegando a ver a obra concluída, mas deixando viva a sua memória na comunidade que continua a usufruir da sua dádiva.
[José Gualberto de Sá Carneiro]
José Gualberto de Sá Carneiro nasceu no seio de uma família barcelense da freguesia de Barcelinhos, sendo filho de Joaquim Gualberto de Sá Carneiro e de Ana Rita Emília Chaves Marques.
Concluiu o curso de Direito, na Universidade de Coimbra, em 1918, com 21 anos. Anos mais tarde, a 15 de agosto de 1927, casou, no Porto, com Maria Francisca Judite Pinto da Costa Leite, filha de João Vítor Pinto da Costa Bartól, 2.º conde de Lumbrales, e de Judite Emília Martins Pinto Ferreira Leite.
Da sua prolífica carreira, destacamos os cargos como Delegado do Ministério Público em Albufeira, Condeixa e Lousada (1918-1923). A partir de 1923, José Gualberto de Sá Carneiro dedicou-se exclusivamente à advocacia e, entre 1938 e 1957, tornou-se Vogal e Presidente do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados.
Em 1969, tornou-se Vogal da Comissão Revisora do Projeto do Código Civil e, em 1942, Vogal da Comissão Concelhia de União Nacional do Porto, Vogal da Junta Consultiva da União Nacional (1945-1949) e Comandante de lança da Legião Portuguesa.
Igualmente, na sua carreira Parlamentar não menos extensa, na 2.ª Sessão Legislativa (1946-1947), abordou o projeto de lei que enviou para a Mesa sobre o inquilinato.
Entre 1969 e 1974, José Gualberto de Sá Carneiro foi reconhecido Provedor da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos, e foi no seu mandato, corria o ano de 1970, que ocorreram renovações no hospital, sendo que a inauguração do novo pavilhão contou com a presença do então Presidente da República, Almirante Américo Tomás (1894-1987).
Filho dos proprietários fundiários José Bento Rodrigues Granja e de Rosa Maria Lourenço, Joaquim Manuel Monteiro nasceu na freguesia de Santa Maria do Carvoeiro, concelho de Viana do Castelo, Portugal.
Foi um grande capitalista, proprietário e negociante de grosso trato no Rio de Janeiro, onde viveu durante muitos anos. Era guarda-roupa honorário de D. Pedro V e de D. Luís I, fidalgo-cavaleiro da Casa Real, além de ter obtido outras honrarias no Brasil.
Casou-se duas vezes. A primeira vez com Eugénia Martins Bastos? (1825 - 1850), com quem teve cinco filhos. Desposou em segundas núpcias, em 30 de julho 1853 Luísa Amália da Silva Maia, filha do conselheiro José António da Silva Maia, depois senador do Império do Brasil.
Faleceu às sete horas da manhã do dia 31 de março de 1875, aos 73 anos, e seu corpo foi sepultado, no dia seguinte, no Cemitério do Catumbi.
«O senhor conde da Estrela, pelos muitos serviços prestados aos seus compatriotas residentes no Brasil, tem conquistado a estima e consideração de quantos se lhe aproximam.»
Publicado em «A Vida Fluminense - O Conde da Estrela» (http://memoria.bn.br/DocReader/586404/494). Hemeroteca Digital Brasileira. A Nação. 26 de novembro de 1872. p. 2.
Tendo como ocupação principal o comércio, Joaquim Manuel Monteiro dedicou-se a outras atividades e era também reconhecida a sua faceta de benemérito. Em linha com isso, foi mesmo Presidente da Sociedade Portuguesa de Beneficência e um dos fundadores do seu hospital no Rio de Janeiro.
Em 1872, o semanário “A Vida Fluminense” decidiu homenagear aqueles que, vivendo no Brasil, auxiliavam os portugueses. O primeiro nome a constar na denominada Galeria dos Beneméritos de Portugal no Brasil foi o de Joaquim Manuel Monteiro, como forma de assinalar “os serviços prestados pelo Sr. Conde da Estrella – serviços que não se limitaram a esmolas dadas a estabelecimentos pios, antes se estenderam à cooperação eficaz para a construção do Hospital de Beneficência da Rua de Santo Amaro, no Rio de Janeiro, e ao estabelecimento da escola de Santa Maria do Carvoeiro, em Vianna do Castello – demonstraremos que poucos homens têm, como ele, sabido merecer as remunerações honoríficas que Portugal e Brasil por vezes lhe conferiram”.
A título de curiosidade, a Lapa, em Lisboa, tem também um dos mais belos jardins de Lisboa, o Jardim Guerra Junqueiro, mais conhecido por Jardim da Estrela.
A ideia deste jardim deve-se ao Conde de Tomar e a sua concretização resultou de donativos, entre eles, a um feito pelo conde da Estrela, Joaquim Manuel Monteiro.
Coleção de Benfeitores em Destaque
Coleção composta por pequenas biografias de benfeitores e benfeitoras que se destacaram pelo seu papel social na comunidade do seu tempo e na Santa Casa da Misericórdia de Barcelos.
Santa Casa da Misericórdia de Barcelos
Emprazamento em três vidas feito entre a Santa Casa e Manuel Gonçalves e sua mulher, Maria Gomes, de um quarto do casal de Portocarreiro.
Contém documentos referentes a privilégios obtidos, decisões judiciais e outros documentos.
Estatutos e Regulamento da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos
Estatutos e Regulamento da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos.
Regulamento dos Serviços Técnicos Internos da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos
Regulamento dos Serviços Técnicos Internos da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos. Regulamento do Hospital e do Asilo da Santa Casa da Misericórdia de Barcelos e Direção e administração do Hospital.
18 de Julho de 1952 – Aprovado por despacho do Secretário de Estado da Assistência Social.